Basta do apelo: "coitados
deles" ou “tem pena deles”
(deles- aqueles que
fazem mal, a outros, através de comportamentos e palavras)
“Possivelmente
nem se apercebem que estão a fazer mal?”, ou “que sofrimento o deles…”
Então,
supostamente a pessoa que se deixa incomodar é que tem um problema porque
considera o que é feito ou dito. “OS OUTROS”, esses não fazem mal, porque são
uns coitados, nem tem capacidade para serem melhores, e o “EU” atingido falha
porque não é perfeito, porque se o fosse, se não tivesse uma história passada, a
maldade seria indiferente.
Já não chegava o
sofrimento por se ser vítima da maldade, como também se é culpado por ficar
magoado.
Exagerando, às vezes parece que estou a ficar louca é como se
pedisse a um escravo para se culpar por não ser livre.
“Porque sofres escravo? Porque é que essas correntes te afetam?
Quem te colocou essas correntes, quem se diz teu dono é alguém perturbado, tem
pena dele. Esquece o teu sofrimento porque o sofrimento desse “OUTRO” é bem
pior. “
No fundo tu mereces estar nessa situação porque os teus pais não
souberam fazer de ti um príncipe.
E, se calhar não foi intencional, nem pessoal…
Parece que o livre arbítrio funciona para umas decisões, não para
outras…
Se
há duas formas de fazer as coisas – a bem ou a mal- porque se escolhe fazer a
mal?