terça-feira, 17 de junho de 2014

Vende-se felicidade!

Escolhi ser feliz!

Que linda frase! Pergunto-me se alguém escolhe, voluntariamente, que quer ser infeliz...
Como se houvesse uma racionalidade que se liga e desliga e que controla o sentir.

Gostaria de saber como se mede a felicidade? Que escala devo utilizar?
Venham os métodos quantitativos ou qualitativos dizer o que me parece óbvio, essa coisa que varia tanto e que nos deixa feliz por momentos, ou que nos faz feliz durante muito tempo, essa coisa que não sabemos bem como, mas que está plantada algures no nosso Ser e Sentir e que não pode ser comprada ou emprestada.

Essa coisa que vive dentro de nós, e que não faz de nós "um pateta feliz", mas que acontece, não porque escolhemos, mas porque é assim, não sempre, mas quando se sente essa coisa, nem sabemos explicar, ela ultrapassa-nos, rasga de imediato os nossos lábios e acelera o coração. 

Posso escolher os sapatos, o vestido ou o bâton, mas não posso escolher a felicidade, e ela não nos escolhe. Construimos conceitos e hábitos. Idealizamos o perfeito para nós e para outros, criamos ilusões.

Porém não podemos esquecer que somos um somatório de acontecimentos, que vão desde o nascimento até à morte e aquilo que sentimos, sobre o que vivemos, o que temos ou o que queremos é nosso. 

E se calhar por pensar que não se trata de uma escolha, mas de uma batalha, uns dias percebo a felicidade como uma conquista e outros dias como um objectivo, mas não quero sobrevalorizar a felicidade, nem gastá-la em palavras, quero mais vivê-la e aprender a saboreá-la.

E se a pergunta fosse "o que é a felicidade para ti?" eu responderia "muitas coisas", e algumas delas coisas bem tristes.
Talvez porque considere que só somos felizes à medida que somos gratos, sou grata por todos os sentidos que possuo que me deixam assimilar a vida!

Além do mais, acho que nenhuma destas escolhas são espontâneas, no que toca a sentimentos, na minha opinião,  as reacções são respostas a estímulos.

"Escolhi ser triste!", ou "Decidi que vou tornar a vida dos outros impossível", não vende tão bem como "Escolhi ser feliz".

E as frases feitas vendem porque alguém nos ensinou que as pessoas gostam da felicidade, ninguém gosta de mal-dispostos...

Mas sabem o que aprendi na vida? A verdade dos sentimentos vem de dentro, não importa quanto tempo e como, mas o genuíno conhece-se pelo seu brilho verdadeiro, e esse ninguém pode tomar de nós!

Agarrem-se ao verdadeiro, e se houver muito trabalho para fazer óptimo temos muita vida pela frente, se houver pouco trabalho para fazer óptimo porque teremos mais tempo para usufruir e senão houver trabalho para fazer, desconfiem ;)))