terça-feira, 12 de setembro de 2017

Nunca mais digas nunca.

Podia ser mais um filme onde o protagonista é esse enorme, e elegante herói humano, James Bond, mas não, é somente uma partilha. Uma experiência de vida que pretensiosamente quero que retenham para não perderem tempo nisto que chamo “a vida a acontecer”. Não precisam de repetir os mesmos erros, p.f., passem à frente este.  

Ora bem, se há coisa que gosto é de exagerar. O exagero caracteriza-me, tenho esta enorme veia dramática.
Na “flor” da juventude chamava-lhe “alma gótica”, dava-me algum estatuto, agora que já me considero uma antiguidade sinto que nunca passou de uma “mania”, mas é a minha mania.

E quando afirmava algo, acreditava que essa afirmação era a minha verdade. E era. Só que não há verdades absolutas e isto é o tenho vindo a aprender.

Assim, quando dizia “Ginásio, eu? NUNCA!”, “Correr? Odeio correr!”, estava equivocada. Nada como experimentar.
Não, não gosto de Ginásio. Sim, sinto-me um peixe num aquário, mas tento ver o potencial desta oportunidade. Já reaprendi a correr e percebi porque é que não gostava de correr. Nunca soube onde colocar as mãos. Actualmente, continuo sem saber onde colocar as mãos. Mas, é com piada que dobro os braços, e deixo os cotovelos marcarem o ritmo da dança, desculpem da corrida. Sou novata nestas andanças e faço confusão entre a dança e a corrida. Estou a ouvir música e imagino que estou a dançar, dançar até a música acabar. Mas afinal estava mesmo a correr. E apesar de tudo isto, estou a dar oportunidade a uma relação com um ginásio.

Desenganem-se porque não faço mais de 10 minutos de corrida, mas sabe bem continuar a aprender gostar de coisas, e a conhecer-me. Um destes dias, ganho coragem, vou a um restaurante comer favas. Quem sabe até gosto?!

Isto de ainda não conhecer tudo o que somos é demasiado grandioso. Fico estupefacta com ideia do potencial desta relação. Ainda falta tanto para descobrir.
E mesmo que daqui a um mês venha dizer “Odeio ginásios!”. “Onde é que estava com a cabeça?” Sei que terei uma razão para sentir isso.
Neste momento sinto que o “NUNCA” é demasiado definitivo para uma vida tão cheia de incertezas.
Assim, quando me pedirem uma opinião sobre algo visceral vou tentar ser o mais objectiva possível e responder algo como: “Não digo NUNCA, mas ainda não é o momento de dizer sim. Podemos falar sobre isso daqui a 40 anos? É muito cedo para filiar-me no PCTP/MRPP”.


#neverenough #thecure #everythingnow #arcadefire