Quando
alguém faz diferente, desconfia-se, alguma coisa se passa, “o que é que isto
vai custar?”
Por
vezes acredita-se na mudança e cedo se descobre de que se trata de mais do mesmo.
Mudar
o que incomoda, como todos corroboram, é impossível. O mais fácil é mudar-se a
si próprio, para que aquilo que incomode deixe de ter importância. O
mais fácil diz-se, que de fácil não tem nada.
Aceitar
o que não pode ser mudado, exige um espírito de infindável bondade, de
resiliência, de perseverança sobrenaturais.
E
somos só humanos.
Eventualmente
existem dias que correm melhor.
Às vezes
parece ser necessário aplicar uma autoavaliação regularmente, será que as falhas estão só do outro
lado?
Descobre-se
que o “nosso eu” também faz parte do processo, umas vezes porque não é de
virtuosidade que se trata, mas sim de vaidade, não de injustiça, mas de ciúme, não
de amizade, mas de abuso, não de amor, mas de medo.
Talvez
indo ao fundo da questão consiga-se perceber o porque de tantas coisas,
eventualmente pode levar uma vida inteira, mas no fim conheceremos a nossa
verdade.
No
fim será que essa verdade nos fará bem, nos fará mudar para sempre ou por
momentos?
Espera-se
muito do futuro, e desta vida, de alguma justiça visível quando o que se devia querer
era a paz. Paz dentro e perto de nós.
Eventualmente
a realidade precisa de ser aceite tal como ela é.
Contudo, aceitar
as coisas como elas são não deveria "saber" a derrota...