Há algum tempo que ando para retomar a escrita aqui neste
espaço que elegi para divagar, mas andava absorta em leituras. Dessas leituras recomendo
a Banalidade do Mal de Hannah Arendt, senão gostam de ler e apreciam filmes
vejam o filme com o nome da autora/filosofa Hannah Arendt.
Consegui surpreender-me com a interpretação dos factos ,
feita por ela, e por acontecimentos históricos que desconhecia relacionados com
o holocausto.
Fiquei presa, desde o início do livro, a uma frase da autora
que dizia qualquer coisa como: “ o mal é extremo, nunca é radical , só o bem é
radical”.
Ainda bem que fiquei presa, ainda bem que pessoas humanas e
carnais falam sobre estas coisas para deixarmos de pensar que só a perfeição de
Jesus Cristo, ou de Deus, ou outro qualquer ser superior, ou santo podem conseguir
chegar ao patamar do perdão e do bem.
É bom perceber que apesar da humanidade/mundanidade (não sei se esta palavra existe) das pessoas é possível
perceber o poder do fazer o bem e o de deixar prevalecer o mal porque, a meu ver , é uma opção
individual e inata ao ser vivo.
Com essa grande diferença o bem e o mal são extremos,
opostos, mas só o bem é radical porque só ele pode transformar profundamente
pela positiva.
Acreditar que fazer o bem pode ser a chave para a
transformação dos valores vigentes exige coragem porque o bem é comummente
confundido por ingenuidade ou ignorância.
E há quem se aproveite, abuse, humilhe porque pensa que o
seu pensamento , ou as suas acções são superiores. Enfurece ver que há sempre quem queira destruir a passividade e a serenidade de
alguém que não se deixa afectar por esta maldade. É bom sentir que essa paz de
espiríto é verdadeira
Eu tenho a sorte de conhecer alguns exemplos destes.
É preciso caminhar muito para perceber que o mal tem que
acabar em algum lado, e se foi no meio do bem que decidimos viver, que seja em
nós que o mal acabe.
E no meio das coisas terrenas não deixemos que o mal se
torne banal, não deixemos de nos incomodar, e lutar pelo bem dentro e à nossa
volta.
E cada vez que a tentação nos levar a fazer alguma maldade,
que seja uma daquelas bem pequenas, daquelas que não prejudica ninguém, se é
que esse tipo de maldadezinha existe
;)))
Welcome back!
ResponderEliminarObrigada pelo regresso!
Fiquei com vontade de ler o tema sugerido. Vem mesmo a calhar. Ando aqui na descoberta sentida de que não há sol sem escuridão, nem prazer sem dor (salvo seja!), nem dia sem noite, nem bem sem mal, lá está. As polaridades da vida que se completam e não existem sem a existência da oposta!
Obrigada! E que não passem mais 2 meses sem uma nova partilha, pois sim?