Não consigo entender porque raio existem pessoas que gostam de nos lixar a vida!
E só é pessoal porque é connosco porque, para essas pessoas, é uma forma de estar na vida, de existirem.
E quando essas pessoas têm algum tipo de ascendência sobre nós e às quais não podemos dizer tudo o que pensamos, e da forma exacta que queremos dizer? Que frustração...
Mas ainda bem que assim é porque responder ao mal com mal é perpetuá-lo, e eu quero é sair dele.
Já tentei vários exercícios para não reter as coisas que são ditas ou para suportar aquela presença indesejada:
1) imaginar essa pessoa nua, mas acabo por resistir por puro medo. Medo que essa imagem me persiga e atormente, especialmente durante a noite, é que para mim as noites são sagradas;
2) contar até 10, 100 e às vezes o exercício pode se prolongar até o infinito;
3) fazer listas: de compras, de tarefas, de desejos...
4) ignorar;
5) passar uma música na cabeça, e quase sempre é The Killers "everything will be alright";
6) Relembrar as palavras de Almada Negreiros no manifesto Anti-Dantas, e mudar o nome próprio:
O XXXX é um
cigano!
O XXXX é meio
cigano!
O XXXX saberá
gramática, saberá sintaxe, saberá medicina, saberá fazer ceias pra cardeais,
saberá tudo menos escrever que é a única coisa que ele faz!
O XXXX pesca
tanto de poesia que até faz sonetos com ligas de duquesas!
O XXXX é um
habilidoso!
O XXXX veste-se
mal!
O XXXX usa
ceroulas de malha!
O XXXX especula e
inocula os concubinos!
O XXXX é XXXX!
O XXXX é Júlio!
Morra o XXXX, morra! Pim!
Estes são os meus truques, que infelizmente não resultam a
100%.Algumas das coisas que são ditas, e a forma como são ditas ecoam na minha
mente. Pergunto porque, e repito que não vale a pena.
Mas quando repasso momentos da minha vida, em que fui visada
quer por cobardia, inveja, insegurança ou outro sentimento vil, procuro
encontrar um lugar onde o meu interior encontre paz.
Essa paz só a encontro com distância, distância física. As pessoas e os momentos acabam por cair no esquecimento e fica mais fácil perdoar.
Não há muita coisa que possa ser dita ou feita quando não
gostam de nós, ou quando somos uma pedra no sapato. E sabem como sei isso?
Porque também não gosto de algumas pessoas.
O que me torna diferente dos infelizes que gostam de
conflito?
É que se não gosto afasto-me, ou remeto-me ao silêncio, não
desrespeito os outros.
Assim como gosto de ser livre para ser como sou, respeito
que cada um seja como é ou quer ser, a única coisa que crio é distância.
E esta é a minha verdade.
Quanto a esses filh@s da mãe que tentam lixar outros, a
todos eles desejo que encontrem paz e amor dentro deles. Para mim desejo
distância de todos eles!