A desfrutar do meu prazer de ouvir música, mas desta vez sentada e a ouvir Arcade fire.
A deambular entre pensamentos e a pensar no presente.
Estou feliz com a minha nova casa, muito feliz! Gosto das rotinas que crio neste lugar, que tudo tem.
( Agora a ouvir Edward Sharpe & The Magnetic Zeros, música Home)
Comprar pão na padaria. Comprar pasteis de massa tenra no Frutas Almeidas, flores na Romeira. Visitas a livrarias, que as há para todos os gostos. Gelados no jardim.
Descer até ao Campo Pequeno, é bonito sempre, faça chuva ou faça sol. Tão perto da Choupana onde me perco naqueles croissants.
Caminhar, perder-me e voltar a encontrar-me.
(Agora a ouvir Future Islands: Balance)
Uns posts atrás falei da insatisfação dos meus vizinhos com a nossa chegada, afinal estava enganada, são simpáticos e gostam de crianças.
Seguram a porta para eu entrar e sorriem bastante.
Estou a dever um pedido de desculpas e um bolo ;))
(Agora a ouvir White Stripes: I just don't know what to do with myself)
Escrevo no meio de imensas chamadas de atenção da M., mas estou perto da janela onde o sol entra e ilumina e esqueço-me de tudo, que sou mãe e que devia atender aos seus pedidos, mas não quero.
Quero ouvir Ornatos Violeta até ao fim.
Quero escrever até o sol desaparecer. Quero saborear esta cerveja até ao fim, sem pressa.
Depois de um fim-de-semana onde os verbos sentar e descansar não foram conjugados, quero eternizar este momento nem que seja por 20 minutos.
Porque é que os dias são tão longos?
Porque é que o cansaço toma conta de mim?
Porque me lamento? Com tanta coisa boa a acontecer e pela qual estou grata?
( The Ramones: Blitzkrieg Bop)
Onde fica esse lugar onde me posso refugiar?
O que fazer para ganhar controlo da minha vida?
Acabei de tomar consciência que não será tão cedo, já que o M. não sai de cima de mim porque quer o "Hey, let´s go", sem parar e in repeat, e com a mão no meu umbigo, e a M. que não pára de dançar à minha frente e que me pede para rodar com ela...
São horas de fazer o jantar e sim "Hey, ho let's go".
Lá vou para a cozinha entre pensamentos sobre o suicídio entre escritores... e agradecer por não pertencer a esse grupo de pessoas que gostam de escrever...
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