quinta-feira, 4 de abril de 2013

um exercício de existência

Existe um princípio, existe um fim.
Nem sempre abrupto, nem sempre triste.
Às vezes porque é o melhor, outras vezes porque não se pode evitar.
E durante esse princípio e esse fim?
Fernando Pessoa escreveu:

"Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, não há nada mais simples.
Tem só duas datas — a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus."

Existem tantos lugares comuns que se repetem que são criados para nos deixarem mais optimistas. Mas a desilusão, a tristeza, o tédio, o desespero e outros tantos sentimentos que circunscrevem a vida dão-nos razões para querer mais ou menos, dão-nos razões para pensar.

São estas razões que se tornam questões, exercícios de aprendizagem de envelhecimento que nos acompanham.
Há um medo a pairar sobre as cabeças de todos os seres vivos, o medo de um fim, a forma e o contexto desse fim.

Até que esse fim resulte em esperança e em renascimento para aqueles que ficam, ou assistem há um tempo.
Esse tempo é o que nos leva do princípio ao fim, é esse tempo que temos que preencher com aquilo que realmente importa.

O exercício passa por considerar o que importa e não dar importância ao que não tem importância.
Há tanto para descobrir e sentir através e com os outros, que só pedimos mais tempo.
Tempo entre esse princípio e esse fim.   

Tempo para sermos e vivermos mais!

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