Memórias
passadas, histórias com desfechos inacabados ou monólogos mentais sobre
diálogos que nunca aconteceram.
Passa-se
e repassa-se a mesma situação várias vezes, tentar perceber o porque, coisas impossíveis
de analisar. Simplesmente porque a nossa cabeça não pensa da mesma forma que “o
outro”.
Alguém
tem que fechar a porta, como fazê-lo?
Se a
porta fica aberta há a possibilidade de uma corrente de ar entrar, e trazer
consigo o aroma de algo que não queremos recordar.
Às
vezes o que parece não é. Determinadas vezes existem respostas às questões que
pairam na nossa cabeça que preferimos não saber, respostas evasivas que não
dizem nada, ou dizem muito, mas que a sua fiel interpretação não é romântica.
“Quero-te perto porque fazes bem ao meu ego, perto, que é como quem diz, a uma
distância segura, quando eu precisar eu ligo, e tu saberás quando não preciso
de ti porque manterei a distância segura através de um silêncio profundo.”
Outras
vezes o reencontro do passado, no presente, leva ao exagero, há um EU que quer
mostrar que “ESTÁ BEM” - não preciso de ti, não me fazes falta, estou melhor
sem ti, quando na verdade dói muito pensar “o quanto preciso de ti”. O trabalho
anterior, tudo aquilo que foi feito para acabar, foi tão bem/mal feito que
ninguém está liberto daquele passado. Presos pelo passado, no presente e no
futuro.
Porque complicar a existência, quando tudo é difícil?
Porque não aromatizar as coisas? Cada final deveria resultar
numa memória positiva.
Um acontecimento triste deveria saber a “ o pior já passou”,
seria mais que um pensamento seria uma forma de estar na vida. O pior já passou
e agora tem que ficar melhor. E amanhã a morte e a desilusão teriam um travo a
oportunidade, a renascer.
E estaríamos sempre a recomeçar, sempre a transformar…