Esta
está a ser uma daquelas semanas que não consigo ver o menos mau, ou o menos
feio.
Parece
que tudo aquilo que preenche a maior parte do dia é um jogo de faz de conta.
Até
podia parecer que os anos da secundária já lá vão, que o prestígio já não passa
por estar à frente do pavilhão, ou vestir as calças Levi’s 501. É cada vez mais
óbvio, para mim, que mudam-se os tempos e os nomes, mas tudo está relacionado e
mantém-se igual.
Contínuo
percebo a bipolaridade, o autismo e a esquizofrenia social.
Os
esquemas, a mesquinhice e o “diz que disse”, mas também já percebi que fazem
parte da vida, e o seu papel na vida de cada um é importante na medida que se dá
importância.
Não consigo
evitar de pensar que para estar bem tenho que conseguir dormir, e só o consigo
fazer se estiver bem comigo própria, com os meus valores, com os meus desejos e
até com alguns caprichos, sim porque acho que os mimos são importantes.
A meu
ver certa postura mais rígida deve conviver, em harmonia quanto possível, com
um lado mais selvagem, mais libertino, tanto quando possível, porque as nossas
acções têm consequências, e as desculpas, às vezes, não chegam tão longe como a
mágoa causada.
Em diferentes
ocasiões da vida lembro-me do diálogo entre Richard Gere e Julia Roberts em
Pretty Woman quando ele lhe pergunta como é que ela se tornou prostituta, e ela
responde qualquer coisa como: “dizem-te
tantas vezes que não tens valor que tu começas a acreditar nisso”.
Palavras
e acções involuntárias podem ter diversas consequências, umas vezes podem ser o
motivo para desencadear uma luta, outras vezes para desistir, mas para mim, e
acho que para todos aqueles que gostam de viver, não há nada que dê mais prazer
do que viver a vida de modo a que essas vozes da inveja, da maledicência e da
ignorância assistam às conquistas.
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