“Devia
ter percebido que havia qualquer coisa” é como se estivéssemos numa vida
paralela e o alter-ego nos avisasse “tem cuidado”.
Mas
nos dias de hoje temos que ser práticos e acima de tudo senão acreditarmos nas
pessoas vamos acreditar em quem? Em quem vamos depositar a confiança? Ou seguimos
certo caminho porque devemos arriscar. Sobretudo, calamos essa “pessoa” ou “voz” que sussurra qualquer coisa e não nos acautelamos.
Pode o céu estar carregado de nuvens escuras, o vento soprar frio e relâmpagos surgirem no horizonte, mas o site da meteorologia diz que não vai chover porque é que devemos desconfiar dessa certeza, da ciência?
Porque nos deixamos ir?
Existe uma inteligência emocional, porque nem tudo se explica, talvez porque uma índole selvagem é intrínseca ao ser humano e como os animais temos instinto de sobrevivência só que nos deixamos domesticar por todas os convénios “sociais” que nos circunscrevem.
Talvez porque às vezes precisamos muito de acreditar, mesmo quando já não há nada em que acreditar.
Outras vezes não conseguimos passar da defesa ao ataque.
Se calhar está na altura de ficar em silêncio e ouvir essa voz interior, de dar uso à intuição e esperar que o tempo seja nosso aliado e que nos diga, no seu tempo, onde está a razão. Porém, e mais importante, a meu ver, é que enquanto o tempo levou o seu tempo para revelar o uso da intuição protegeu-nos.
A minha intuição diz-me que eu percebo o que escrevo, mas talvez mais ninguém o compreenda, mas faz-me sentido respeitar e perceber o que ela me vem dizendo ao longo destes anos.
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