segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A longa caminhada!


Dei comigo a olhar para os meus amigos mais portáteis, os livros, aqueles que li em 2013, e em todos as palavras liberdade e livre foram uma constante.

Este ano morreu um dos homens que mais lutou pela liberdade, e morreu sem a ver, na sua plenitude. Acho mesmo, e como escreveu o grande Almada Negreiros "Nós não somos do século de inventar as palavras. As palavras já foram inventadas. Nós somos do século de inventar outra vez as palavras que já foram inventadas."
E, penso, se calhar é essa uma parte do meu papel arrancar das folhas, das frases feitas as palavras importantes, questionar a boa colocação dessas palavras em algumas frases e dar-lhes o verdadeiro significado.
O nosso significado.

E isso passa pela seleção daquilo a que queremos ficar presos e aquilo que queremos largar.
Não sei se a isto se chama inventar, mas chama-se certamente maturidade e com os anos a passar existe carga que não faz sentido carregar.

A longa caminhada que ainda temos para fazer não será tão dura como a de Nelson Mandela, mas se ele foi capaz de se opor, se teve a coragem, se conseguiu viver preso quase uma vida e se para ele tudo isso valeu a pena, a nós pede-se muito menos.  Devemos ser capazes de perceber que a humanidade é um superpoder ao nosso alcance, temos o dever de saber como usá-lo em prol da liberdade que queremos para nós e para os nossos.

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