Relembro a bela e jovem Sabrina
(Audrey Hepburn) que enquanto sofria de amor pelo galã do filme,- pois ainda não se
tinham "encontrado" na primeira parte do filme- foi para Paris, dar tempo ao
desencontro amoroso, e fazer um curso de culinária. Obviamente, que em Paris ela
não só se tornou uma excelente chef de cuisine como “desabrochou” numa belle femme
e novamente se reforçou um clichet sobre o poder de transformação que a cidade
de Paris tem.
Mais importante que a ficção é a
força de uma história real, como a recordação que tenho da minha amiga S. que
quando esteve “emigrada”, o amor assistia-lhe, mas já o emprego não, e
enquanto não encontrava trabalho, arranjou um escape. Qual foi o escape dela?
Voilá, cozinhar, fazer macarons!
Porque é que, em certas ocasiões,
a cozinha se reveste de encanto, de sabor, de aconchego? E porque é que noutras
alturas se quer queimar, não os soutiens, mas os aventais?
Dei comigo a pensar nisto
enquanto batia energicamente o açucar com a manteiga e pensava que a alma pode
estar cansada, mas ainda tem uma réstia de energia, e daqui a pouco, o tempo do
bolo ir ao forno, uma chávena de chá com uma fatia de bolo pode ser o tempo e o
empurrão que preciso para me restabelecer.
Receitas hà muitas…
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