Eram 21h30m quando comecei a preparar os putos para os deitar, eram 23h30 quando saí do quarto deles, com os dois a dormir, e como não sei se eles se aguentam neste estado durante muito tempo é melhor escrever este post a correr, com o objectivo de não me esquecer desta ideia. Esta ideia que surgiu enquanto tentava acalmar a minha mente irritada por não ter tempo para mim.
E eis que conclui o seguinte: estou errada.
Passo a explicar:
As 21horas aproximam-se e eu penso "daqui a pouco eles estão a dormir e eu faço isto e aquilo", o fazer qualquer coisa pode ser uma coisa simples como esticar as pernas no sofá.
Mas este já foi o pensamento dominante, atualmente o meu pensamento devia ser "vou tentar que eles durmam, se conseguir sair do quarto antes das 7 horas do dia seguinte isto é positivo.
Não é porque seja uma pessoa com baixas expectativas, muito pelo contrário tenho altas expectativas quando se tratam daqueles dois.
Outra situação a corrigir é o gritar, se calhar porque fui criada no meio de gritos parece-me um comportamento inócuo, mas não é! E como é que eu sei? Por tantos motivos e pelos mais importantes: Porque a M. já o disse várias vezes e o M. chora porque se assusta.
Ora este é o próximo exercício onde não quero falhar.
Poderia justificar este comportamento com o cansaço ou a teimosia, mas não seria isso que o tornaria válido. Até porque sei que não é por dizer o que tenho a dizer mais alto que me faço entender melhor.
E este compromisso, no qual me quero empenhar, leva-me a outro compromisso do post anterior, aquele sobre falhar.
O M. continua doente e eu fiquei em casa com ele e assim acabei por falhar numa parte da minha vida, importante, o trabalho. Apesar de ter falhado como profissional, sinto que nesta virose não falhei como mãe.
Falhei também em algo que sempre defendi: "não faço listas com tarefas a distribuir porque todos sabemos o trabalho que há para fazer", e até pode ser verdade, mas tudo depende da importância que damos ao que há para fazer, assim acabei por me juntar já que, ao fim de 12 anos, não consegui vencer, criei uma lista que já tem que ser negociada, mas está em aberto e em execução. Assim falhei na esperança da mudança para trabalhar para a mudança.
E por aí adiante...
Estou no início do caminho, mas tomei como um momento de reflexão, de paragem obrigatória, aquele em que os putos têm que adormecer. E se ficar no meio dessa reflexão é sinal que ainda consigo adormecer em qualquer lado, como quando tinha 18 anos.
Nesta nova abordagem à vida espero conseguir mais e melhor para mim, para eles, e para nós.
Vamos vendo!!!